O sorteio dos grupos da Copa do Mundo de 2010, nesta sexta-feira, na Cidade do Cabo, será também um grande show televisionado para mais de 200 países. Terá a presença da atriz sul-africana Charlize Theron, vencedora do Oscar, de David Beckham e de outras grandes estrelas, todos observados por mais de 150 milhões de pessoas em todo o planeta. É tudo bem diferente do primeiro sorteio de uma Copa do Mundo, realizado no Uruguai apenas três dias antes do início do torneio.
Naquela oportunidade, a Fifa esperou que todas as 13 seleções chegassem ao Uruguai para, aí sim, promover um sorteio. O improviso também era a única regra dos sorteios seguintes, quando sequer havia uma fórmula de disputa definida antecipadamente. A Copa do Mundo como a conhecemos hoje, com grupos de quatro times jogando entre si, só ganhou forma em 1958, na Suécia. Duas Copas depois, em 1966, na Inglaterra, o sorteio foi televisionado pela primeira vez. As bolinhas que eram tiradas em frente apenas de um grupo de senhores passaram a ser observadas em vários cantos do mundo.
No sorteio da Copa de 82, o primeiro a envolver 24 seleções, aconteceu a primeira e última experiência eletrônica. Em vez das velhas e seguras bolinhas, a Fifa tentou um sistema eletrônico, que foi um fiasco. Um erro acabou não incluindo as seleções sul-americanas, o que atrapalhou todo o andamento do sorteio.
O formato original voltou em 1986 e ganhou glamour definitivamente no sorteio da Copa de 90. A Itália, sede do torneio, mobilizou grandes estrelas para participar da festa, como o tenor Luciano Pavarotti, a atriz Sophia Loren, além de Pelé, Rummenigge e Bobby Moore. Foi a festa mais ambiciosa até então.
A França inovou na Copa de 98, ao realizar o primeiro sorteio em um estádio de futebol. O primeiro Mundial com 32 seleções teve 38 mil espectadores no estádio e milhões assistindo a tudo pela televisão. Beckenbauer, Parreira, Weah e Kopa foram as estrelas da cerimônia.
No último sorteio, em 2006, Beckenbauer voltou como uma das grandes atrações, ao lado da modelo Heide Klum. Os dois foram vistos por 134 milhões de pessoas em 137 países. Mas o que todo mundo queria ver mesmo eram as bolinhas que trilharam o caminho das 32 seleções. Porque embora a festa do sorteio tenha crescido exponencialmente nos últimos 79 anos, são elas, as bolinhas, que seguem com a grande atração da festa.
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