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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Sorteio dos grupos da Copa: uma história repleta de curiosidades



Fonte: http://colunas.globoesporte.com/memoriaec/2009/12/03/as-curiosidades-dos-sorteios-das-copas/

Os grupos da primeira Copa do Mundo a ser disputada no continente africano serão definidos nesta sexta-feira. E o processo de escolha das chaves do Mundial de futebol apresenta uma história marcada por várias curiosidades.

Em 1930, na primeira Copa do Mundo, as 13 delegações só souberam quem iriam enfrentar após a chegada ao Uruguai, sede do torneio inaugural. O sorteio foi realizado apenas três dias antes da competição.

Vinte anos depois, no Brasil, a Fifa tentou montar a estrutura com 16 seleções divididas em quatro grupos, que duraria de 54 a 78. Mas a competição teve que ser realizada com apenas 13 equipes, diante das desistências das classificadas Escócia, Índia e Turquia. França e Portugal foram convidados a ocupar vagas abertas. Os franceses chegaram a aceitar, tiveram o nome de seu país incluído no programa oficial do Mundial, mas também declinaram do convite alegando que percorreriam longas distâncias no Brasil.

Assim, a competição ficou ‘capenga’, com dois grupos com quatro nações cada, um com três e outro com apenas duas (Uruguai e Bolívia). Os uruguaios golearam por 8 a 0 e avançaram para a fase final após a disputa de apenas uma partida.

Em 1954, a Fifa decidiu que os quatro grupos teriam, cada, dois cabeças-de-chave, que não se enfrentariam: Brasil e França (Grupo 1), Hungria e Turquia (2), Áustria e Uruguai (3) e Itália e Inglaterra (4). Quatro anos depois, a polêmica decisão foi abandonada.

Na época, a escolha das chaves não contavam com a presença de astros do futebol e ou de estrelas do cinema e da música. Geralmente, as bolinhas eram sorteadas por crianças. Filhos ou netos de dirigentes do futebol.
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Em 1970, a primeira Copa do Mundo disputada no México foi a que teve, talvez, o maior desequilíbrio entre os grupos, devido a uma série de pré-condições. O Brasil foi ‘reservado’ para a chave disputada em Guadalajara. Como a expectativa dos organizadores era que o time liderado por Pelé atraísse grande público, o estádio Jalisco, o segundo maior da competição, foi separado para o grupo da seleção brasileira.

Que foi um verdadeiro grupo da morte, com os europeus Tchecoslováquia e Romênia. E a então campeã mundial Inglaterra. A presença dos ingleses atenderia, extraoficialmente, a uma vontade dos mexicanos, os anfitriões, que não queriam pegar nem Brasil nem Inglaterra na fase seguinte.


Já o Grupo 1 foi de nível claramente inferior, com os dois representantes da Concacaf (México e El Salvador) ao lado de União Soviética e Bélgica.  Já o 3 contava com um favorito destacado – Alemanha Ocidental. Ao lado de Peru, Bulgária e Marrocos. Bem mais fácil que o 2, que reuniu dois campeões mundiais (Itália e Uruguai) e um vice (Suécia) com o estreante Israel.

Em 1974, as chaves foram mais equilibradas. A particularidade foi que um dos tubos com os participantes – e não bolinhas, como hoje em dia – contava com um papel com dois nomes: Iugoslávia/ Espanha (foto acima). As duas seleções somente decidiram a vaga no Mundial após o sorteio. E assim, os brasileiros não souberam ao certo quem seria o seu adversário no jogo de abertura do Mundial. Que acabou sendo a Iugoslávia.

Quatro anos depois, o sorteio voltam a gerar desequilíbrio. Brasil e Argentina enfrentaram só europeus na fase inicial (Suécia/Espanha/Áustria e Hungria/França/Itália, respectivamente). Já o Peru enfrentou Holanda, Escócia e …Irã.
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Para 82, a Fifa tentou inovar, com a adoção de um sistema eletrônico para a distribuição dos países nas chaves. Mas ele apresentou falhas, sem a inclusão das seleções da América do Sul, causando problemas. E reabilitando as bolinhas e os potes.

Vinte anos depois, a política interferiu no sorteio. Diante da tensão diplomática histórica entre China e Japão, a Fifa decidiu que os chineses jogariam obrigatoriamente a primeira fase da Copa de 2002 na Coreia do Sul, evitando possíveis hostalidades em terrritório japonês. E foram parar na chave do Brasil, a mais fácil do torneio. Os futuros campeões mundiais encararam também Costa Rica e Turquia. Já a Argentina ficou com Inglaterra, Suécia e Nigéria. E caiu logo na primeira fase.

Em 2006, os argentinos voltaram a ir para o ‘grupo da morte’, com Holanda, Sérvia e Montenegro e Costa do Marfim. Mas chegaram, pelo menos, até as quartas-de-final.

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