Depois de dar notícias positivas no início da manhã, o médico Ernesto Martinez, responsável pelo tratamento de Salvador Cabañas, revelou esta tarde que o estado de saúde do atacante do América piorou nas últimas horas.
O motivo para essa regressão seria um inchaço no cérebro, além do aumento da pressão intracraniana.
- O edema cerebral aumentou e progrediu. Isso só é tratado com medicamentos. Por isso, vamos sedá-lo mais para proteger as funções cerebrais. Sabíamos que isso poderia acontecer, estamos tranqüilos. Por sorte, não há sangramentos. Salvador está estável, mas segue correndo risco de morte - afirmou Martinez, em declarações publicadas pelo site do jornal "Milênio" e pelo jornal "ABC Color".
Cabañas foi baleado na cabeça na última segunda-feira em uma possível briga de bar na Cidade do México. O jogador foi submetido a uma cirurgia para retirada, em vão, do projétil. Segundo especialistas, as chances do atacante da seleção paraguaia voltar aos gramados é remota.
Assim como Martínez, Alfonso Dias, chefe do departamento médico do América, disse que o risco de morte de Cabañas é latente devido ao edema cerebral. Segundo ele, as próximas horas serão fundamentais para se estabelecer um diagnóstico preciso.
A Procuradoria Geral de Justiça da Cidade do México divulgou na noite desta quarta-feira as fotos e os retratos falados do homem acusado de atirar no atacante paraguaio Salvador Cabañas, do América do México e da seleção de seu país, e de seu companheiro na madrugada de segunda-feira. José Jorge Balderas Garza, de 35 anos, é que teria feito os disparos.
O subprocurador de Justiça da Cidade do México, Luis Genaro Vázquez, afirmou também que Eduardo García Alanis, que seria cúmplice de Garza, não pode ter cometido o crime pois está preso por assalto.
Em entrevista à rede "Televisa", Vázquez disse que um dos agressores do jogador paraguaio é muito parecido com García Alanis, mas este não esteve no "Bar Bar", onde Cabañas recebeu um tiro na cabeça na madrugada da última segunda-feira.
- São parecidos, mas não a mesma pessoa - explicou o procurador.
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