As obras para a construção do hotel começaram em março deste ano e ainda há muito trabalho a ser feito. O gerente Christopher Trimble, no entanto, garante que tudo estará pronto até maio de 2010. As instalações estão reservadas para a seleção escolhida a partir do dia 28.
- A previsão de inauguração é 12 de maio. Teremos hóspedes por duas semanas, para fazermos os últimos ajustes, e depois fechamos o hotel no dia 28 para, quem sabe, receber o Brasil - explicou Trimble.
O GLOBOESPORTE.COM visitou a concentração e constatou que o local preenche os requisitos básicos do planejamento da seleção, como privacidade e infraestrutura. O hotel cinco estrelas terá 62 quartos, além de duas suítes presidenciais. Todos já estão reservados e serão ocupados individualmente por jogadores e comissão técnica.
Os quartos serão bem parecidos - o único já pronto tem 37 metros quadrados, com cama de casal, televisão de plasma, internet sem fio, banheiro espaçoso e uma varanda. Tudo moderno e bem decorado. Haverá ainda piscina coberta, restaurante e academia para uso exclusivo do Brasil.
No sábado após o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, o técnico Dunga foi até o local e o aprovou. Para ele, tão essencial quanto a estrutura é a privacidade. Por isso, o hotel será totalmente isolado do restante do complexo de golfe. O clube não será fechado durante a Copa, porque tem mais de 6 mil sócios, mas a Fifa recebeu a garantia de que a delegação não será incomodada. O Brasil terá uma entrada exclusiva e o hotel será protegido por uma tela de cerca de 3 metros de altura.
Além disso, para evitar a exposição da equipe a ideia é que os quartos virados para os campos de golfe sejam ocupados apenas pela comissão técnica, enquanto os jogadores ficarão naqueles com vista para a área interna.
O complexo ainda aumentará o controle de entrada de pessoas. Apenas sócios do clube e possivelmente jornalistas credenciados serão liberados, mas, ainda assim, sem que ninguém tenha acesso ao hotel da seleção.
Outra questão importante na escolha foram as condições climáticas. Como a concentração fica dentro de Joanesburgo, os jogadores poderão se adaptar mais facilmente à altitude de 1750 metros e ao inverno da cidade, muito seco e com temperatura próxima a zero grau à noite. O hotel também está em uma localização privilegiada, a 17 km do estádio Ellis Park (onde o Brasil estreia contra a Coreia do Norte) e a 23 km do estádio Soccer City (local da segunda partida, contra a Costa do Marfim). Se ficar em primeiro no grupo, o Brasil ainda volta a jogar no Ellis Park nas oitavas de final. A decisão da Copa também é em Joanesburgo, no Soccer City.
O único problema é que o complexo não oferece campos de futebol. Por isso, o local de treinos indicado pela Fifa é a Universidade Wits, que conta com instalações razoáveis (oito vestiários, arquibancada para 200 espectadores e refletores) mas tem a desvantagem de estar a 16 km de distância.
Uma outra opção para a seleção é o campo do Randburg Football Club, um pouco mais modesto, mas que está a apenas 3 quilômetros do hotel. O caminho passa apenas por ruas residenciais, o que evita o trânsito. O GLOBOESPORTE.COM também foi lá e viu que o gramado ainda não está em boas condições, o que pode facilmente ser corrigido até junho. Por enquanto, há apenas um campo, mas com espaço suficiente para se fazer pelo menos mais um.
O hotel Fairways também despertou o interesse de Portugal e México. Cada país deve indicar três opções de acomodação e se houver mais de um postulante, como neste caso, a Fifa decide quem ficará com a vaga.
- Já estamos ansiosos para receber o Brasil. É o melhor hotel para a melhor seleção - brincou o gerente Trimble.
A lista com as concentrações das 32 seleções será divulgada na próxima semana. Se houver algum problema com o Fairways, a seleção já tem um plano B: o Valley Lodge, a 75 km de Joanesburgo.
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