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sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Futebol suíço cresce com ajuda de jogadores naturalizados e refugiados


por Antônio Strini, da redação do ESPN.com.br

A seleção da Suíça sub-17 foi arrasadora no Mundial da Nigéria, que terminou há dez dias: venceu suas sete partidas na competição e levou o título, nesta que foi a primeira conquista dos helvéticos em qualquer categoria do futebol.

Uma semana depois, o selecionado suíço de futebol de areia chegou à final da Copa do Mundo, mas perdeu para o Brasil por 10 a 5. O que chama a atenção nas duas equipes, porém, não é a parte tática ou técnica: há um alto número de jogadores com dupla nacionalidade atuando nas seleções.

Na equipe que atuou nas areias de Dubai, existem dois italianos, além de um sérvio e um português. Dos 22 convocados para a disputa do Mundial sub-17, 12 são nascidos em outros países, com destaque para os atletas provenientes do Leste Europeu: Haris Seferovic e Sead Hajrovic (Bósnia), Igor Mijatovic (Sérvia), Frederic Veseli (Kosovo), Maik Nakic (Croácia), Pajtim Kasami (Macedônia), Granit Xhaka (Albânia), Nassim Ben Khalifa (Tunísia), Andre Goncalves (Portugal), Ricardo Rodriguez (Chile), Kofi Nimeley (Gana) e Joel Kiassumbua (Congo).

Segundo Jamil Chade, correspondente do jornal "O Estado de São Paulo" em Genebra, a Suíça recebeu famílias que fugiam de guerras. "Nos anos 90, teve a guerra no Kosovo", lembrou. "A Suíça recebeu vários imigrantes nesta época, e o futebol é mais fácil de integrar os estrangeiros", explicou o jornalista, que mora há dez anos no país europeu e que passou ao ESPN.com.br a lista acima.

A Fifa está tentando coibir a onda de naturalizações, principalmente por parte de nações do Oriente Médio, que buscam atrair jogadores através de seus petrodólares. Com os suíços do sub-17, seus países de origem já querem tê-los para disputar as competições internacionais, pois eles ainda não atuaram por seleções adultas.

A Suíça também vive bom momento com a equipe principal, classificada para sua segunda Copa do Mundo seguida, agora na África do Sul. Em 2006, na Alemanha, os suícos chegaram às oitavas de final e perderam nos pênaltis para a Ucrânia. Então, o momento é de alegria para o ludopédio helvético?

"Há um certo orgulho nacional de ter se classificado para 2 Copas consecutivas. Mas nada de alegria na rua, bandeiras, nem mesmo um adesivo extra nos carros. Na Suíça, está proibido buzinar depois das 10h da noite!!!", revelou Jamil Chade.

"Na verdade, ninguém joga futebol na Suíça, só os estrangeiros. Aqui, não existe futebol de rua, mas têm campos muito bons, bonitos, que fariam inveja aos clubes brasileiros", disse o jornalista. Questionado se a população acompanhou o Mundial de futebol de areia, ele respondeu: "Ninguém nem ficou sabendo e nem todos os jornais deram a notícia".

E os garotos do sub-17? "Eles até comemoraram (o título). Eles pensam que pode ser um time bom que vem por aí", contou Jamil Chade. Isso se as pátrias-mãe deixarem seus filhos na Suíça.

Texto postado em http://espnbrasil.terra.com.br/sui%C3%A7a/noticia/88540_FUTEBOL+SUICO+CRESCE+COM+AJUDA+DE+JOGADORES+NATURALIZADOS+E+REFUGIADOS

1 comentário:

Lina disse...

amei esse blog to fazendo uma pesquisa para a escola e o seu blog me ajudou muito obrigada


LUIZA