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sexta-feira, 17 de junho de 2011

E vai começar o Mundial Sub-17 - México - 2011

Desde a primeira vez em que foi disputada, em 1985 na China, a Copa do Mundo Sub-17 da FIFA serviu de palco para o despertar de novos astros do planeta bola. No próximo sábado, 18 de junho, a 14ª edição do torneio terá início em sete cidades mexicanas, com 24 seleções e 502 jogadores sonhando em seguir os passos de jogadores que marcaram a história da competição e se tornaram grandes craques do futebol mundial, como Cesc Fàbregas, Ronaldinho, Iker Casillas e Kanu.

A pressão pesará principalmente sobre os ombros dos jovens anfitriões, que há um ano vêm fazendo uma preparação pesada com treinos e amistosos. O técnico Raúl Gutiérrez, ex-zagueiro da seleção mexicana, conhece melhor do que ninguém a tensão vivida pelos garotos às vésperas da competição. "Temos um compromisso com o país de dar o nosso melhor", disse ao FIFA.com. "Mas este pode ser um grande momento para o México", completou, ansioso por igualar a memorável conquista de Giovani dos Santos e Carlos Vela, que levaram o país ao título de 2005 no Peru.

O fator Azteca

Caso os donos da casa cheguem à grande decisão, o palco será nada menos que o mítico Estádio Azteca, que também receberá a disputa pelo terceiro lugar. O colossal templo da bola, situado nos arredores da Cidade do México, já serviu de cenário para duas finais de Copa do Mundo da FIFA e alguns dos momentos mais marcantes da história do futebol, como a coroação da fantástica Seleção Brasileira de 1970 e os lances de magia e malandragem de Diego Maradona contra a Inglaterra em 1986. "Não há incentivo melhor do que jogar no Azteca", sentenciou o ex-destaque da categoria sub-17 e atual astro da seleção principal do México, Giovani dos Santos, um jogador íntimo do torneio e do estádio.

A categoria sub-17, no entanto, é imprevisível e sofre poderosa influência do nervosismo de jogadores tão jovens. Liderado por Marcelo Gracia e Carlos Fierro, o México terá de controlar a ansiedade na primeira fase, tanto contra a campeã europeia, Holanda, como diante da principal força asiática, a Coreia do Norte, para manter vivo o sonho de se consagrar no Azteca no dia 10 de junho. Já o azarão Congo, que eliminou as poderosas Nigéria e Gana nas eliminatórias africanas, também promete dar trabalho.

O Brasil, por sua vez, é sempre favorito ao título de um Mundial que já conquistou três vezes desde 1997, tendo ainda perdido outras duas finais. Este ano, o elenco brasileiro traz jogadores que já estão dando o que falar nos clubes, com destaque para o atacante do São Paulo Lucas Piazon, que tem um pré-contrato com o Chelsea. "Não precisamos jogar bonito sempre", comentou o jovem, mandando uma clara mensagem aos adversários do Grupo F — Austrália, Costa do Marfim e Dinamarca — de que a seleção canarinho não quer apenas entreter o público, mas levar um novo troféu para casa.

A vizinha e arquirrival do Brasil, Argentina, embora seja hexacampeã mundial sub-20, tem um histórico decepcionante no torneio sub-17. O técnico Oscar Garré espera poder levar a sua jovem seleção ao título inédito da categoria e, de quebra, pisar novamente no Azteca, onde, ao lado de Maradona, ergueu a taça da Copa do Mundo da FIFA em 1986. A França, campeã em Trinidad e Tobago 2001, pretende frustrar os planos argentinos com um grupo de jogadores revelados pelo famoso celeiro do Auxerre. A chave conta ainda com Jamaica e Japão.

Gente nova no pedaço

O México 2011 também terá a participação de países emergentes na categoria. Panamá, Uzbequistão, Ruanda e Dinamarca, uma das seis representantes europeias, jamais disputaram um Mundial Sub-17 e certamente estarão ansiosos por surpreender os adversários na sua primeira aparição. O treinador dinamarquês, Thomas Frank, está tão otimista que chegou a dizer, meio a sério, meio de brincadeira, que "somos os brasileiros da Escandinávia e viemos para vencer".

Já os Estados Unidos irão cruzar a sua fronteira meridional com o status de único país a ter participado de todas as 14 edições do torneio. O técnico Wilmer Cabrera, ex-jogador da seleção colombiana, pretende superar a melhor campanha americana na competição, o quarto lugar de 1999, quando Landon Donovan brilhou nos gramados da Nova Zelândia. No entanto, o treinador sabe que o objetivo primordial do seu trabalho é "preparar os futuros jogadores da seleção principal". 

A longa estrada rumo à fama e ao estrelato, trilhada por Fàbregas, Ronaldinho e cia., tem início no dia 18 de junho para os meninos do México. Torcedores nas sete cidades-sede poderão acompanhar um exuberante espetáculo de futebol, protagonizado por algumas das jovens promessas mais talentosas do mundo, assim como você, que terá todas as informações aqui no FIFA.com. e no blog

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