Após alegações de que o Comitê Organizador da Austrália para a Copa do Mundo de 2022 teria oferecido presentes ilegais para induzir votos em sua campanha, a Federação de Futebol do país pediu explicações à Fifa.
Frank Lowy, presidente da Federação australiana, disse para a Associated Press acreditar que o Comitê de Ética da Fifa vai publicar algo sobre isso “dentro de alguns dias”. “Eu entendo e espero que a Fifa nos esclareça o caso”, afirmou Lowy.
A Fifa começou as investigações no mês passado, após o jornal The Age publicar uma matéria dizendo que alguns executivos da entidade que participam da escolha da sede receberam joias e viagens caras do Comitê australiano.
A Federação australiana confirmou que abotoaduras de pérola e colares foram dados de brinde em um jantar particular, após um Congresso da Fifa em Sydney, em maio de 2008 — oito meses antes de a campanha começar oficialmente. A Fifa afirma que países que concorrem à sede de Copas podem dar presentes “simbólicos ou de baixo valor e que excluam qualquer decisão com relação a escolha”.
O jornal reportou também que o Comitê australiano ofereceu uma viagem para o time sub-20 de Trinidad e Tobago para treinar no Chipre. O trinitário Jack Warner é vice-presidente da Fifa e tem papel fundamental nas escolhas políticas da entidade. A Federação australiana processou o jornal The Age por difamação.
Lowy, entretanto, mostrou otimismo e disse que as alegações não vão determinar a derrota da Austrália na corrida para sediar o torneio. “Se isso causou danos? Bom, não trouxe crédito. Às vezes, se você enfrenta bem algumas adversidades de uma boa maneira, você consegue vantagens. Nossas intenções são as melhores, não quebramos nenhuma regra”, completou Lowy.
A Austrália concorre com Japão, Coreia do Sul, Catar, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Portugal/Espanha e Holanda/Bélgica para sediar a Copa do Mundo de 2022. A decisão final acontecerá no dia dois de dezembro, quando também será anunciada a sede do Mundial de 2018.
Fonte: Trivela
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