A Procuradoria Geral de Justiça da Cidade do México confirmou que o banheiro onde Salvador Cabañas foi baleado, na madrugada de segunda-feira, “teve uma alteração premeditada” antes da chegada da polícia no “Bar Bar” após o incidente.
Segundo o subprocurador Luis Genaro Vásquez, o funcionário responsável pela limpeza dos banheiros chama-se Javier Ibarra, que presenciou o momento em que Cabañas foi atacado e mexeu no local.
- Ele confessou ter alterado a cena do crime e ter limpado o banheiro depois do ataque, com cloro – disse Vasquez ao jornal "El Universal".
Das 14 testemunhas que já prestaram depoimento sobre o crime, Ibarra é considerado uma das mais importantes, pois seria a única pessoa que estava dentro do banheiro na hora que o atacante do América do México foi baleado. O principal suspeito do crime é um homem chamado José Jorge Balderas Garza, que aparece no vídeo gravado pela câmera de segurança.
- Consideramos que Ibarra é uma testemunha chave, pois era o responsável pelos banheiros e pode ter visto os acontecimentos. Faremos um novo depoimento com ele, com mais detalhes do que aconteceu – afirmou o subprocurador.
Internautas mexicanos já questionavam na terça-feira se a cena do crime havia sido modificada, pois Cabañas aparece com camisas diferentes no vídeo gravado pelo bar e na foto divulgada após o ataque. Nas imagens da câmera de segurança, o paraguaio está de roupa clara e colada ao corpo. Na foto em que aparece ensanguentado, supostamente depois do tiro, o atacante está de camisa preta. Mas Vásquez tem uma explicação para isso:
- As câmeras do bar são de visão noturna, por isso altera a cor da roupa. Tudo que aparece nas imagens estava muito escuro. Este lugar, quando está funcionando, é escuro demais.
Em seu depoimento, Ibarra afirmou que Cabañas e Garza conversaram antes do incidente. De acordo com o jornal paraguaio "ABC Color", o funcionário do "Bar Bar" afirmou que Garza estava se penteando em frente ao espelho quando o jogador entrou no banheiro. O paraguaio iria usar um mictório, mas Ibarra pediu para Cabañas esperar um pouco enquanto ele lavava o local. Em seguida, o funcionário ouviu o tiro, mas disse não ter visto nada e que logo depois disparou o alarme.
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