No último dia 3 de maio, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, tinha acabado de criticar duramente o atraso nas obras para a Copa de 2014 no Brasil quando encontrou a reportagem do GLOBOESPORTE.COM. Ao ver o repórter passando a notícia por telefone, brincou: "isso vai fazer barulho no seu país, né?". Valcke foi duro nas declarações porque sabia a repercussão que elas teriam no Brasil.
Menos de vinte dias depois, mostrou-se satisfeito com o resultado.
- O que eu disse surtiu efeito e o Brasil começou a se mexer, algumas coisas já estão sendo feitas. Fiquei feliz. Agora aguardo o relatório das inspeções nos estádios - afirmou ele em entrevista a correspondentes estrangeiros em Joanesburgo.
A bronca de Valcke foi dada em 3 de maio, não por acaso o prazo final estipulado pela Fifa para o início das construções ou reformas dos estádios da Copa de 2014. Dois dias depois das declarações as inspeções nos estádios brasileiros começaram. Partiram do Morumbi, passaram por outras dez sedes e terminaram nesta quarta-feira, em Salvador.
O francês Jérôme Valcke ocupa o principal cargo executivo da Fifa. Na hierarquia da entidade está abaixo apenas do presidente Joseph Blatter. Na prática, porém, é o ‘cabeça’ da organização de uma Copa do Mundo. Blatter até já brincou dizendo que "se a Copa da África der certo é mérito de Valcke, se der errado é culpa minha". Depois de comandar os preparativos para 2010, ele deverá fazer o mesmo em 2014 no Brasil.
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